Orelhão

 

Orelhão
Orelhão

Foi em 1934 que a Companhia Telefônica Brasileira (CTB) instalou na cidade de Santos, em São Paulo, os primeiros Telefones Públicos. A princípio, eles ficavam em postos telefônicos e estabelecimentos credenciados, como bares, cafés e padarias.

Somente em 1971 os Telefones Públicos começaram a ocupar as calçadas. Primeiro foram instaladas em São Paulo 13 cabines circulares feitas com vidro e acrílico. No entanto, a produção desse tipo de cabine era cara e ocupava muito espaço.

Então, em 1972 foi lançado simultaneamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, um ícone do design brasileiro: o Orelhão, uma cabine telefônica criada pela arquiteta e designer Chu Ming Silveira (1941-1997).

A proposta do orelhão era levar simplicidade e conforto a baixo custo. Isso justifica não só o formato (de ovo), mas também o material escolhido para a sua construção. A fibra de vidro é barata, forte, leve, resistente ao sol e à chuva. É o material perfeito para o clima tropical do Brasil.

Orel
Orelhão em forma de coco

O projeto também levou em consideração a acústica. Sua curvatura oferece uma proteção acústica de 70 a 90 decibéis, desde que o usuário fique sob ela.

Hoje, os orelhões podem ser encontrados em todo o Brasil e em alguns países da América Latina e África.

Vocabulário
Credenciar – dar direito ou poderes a.
Fibra de vidro – É um material composto da aglomeração de finíssimos filamentos de vidro que não são rígidos e são altamente flexíveis. Na verdade o nome correto é PRFV, “Polímero Reforçado com Fibra de Vidro”.
Acústica – ramo da física associado ao estudo do som.
Curvatura – ação ou resultado de curvar.
Decibel – unidade de medida que expressa a intensidade do som.